quinta-feira, 23 de abril de 2015

Relatório da reunião pedagógica- abril





A proposta do encontro foi uma reflexão sobre como se dá a apropriação cultural ou "do porquê que as pessoas se desenvolvem de maneira diferente" (inclusive cognitivamente) na Contemporaneidade. Para tanto, foi exibido (quase que na íntegra) o documentário BABIES (link abaixo). 
                                    https://vimeo.com/67691334

O filme, produzido em 2010, é um registro antropológico da vida de quatro bebês (desde a barriga das mães). O pesquisador francês, Thomas Balmès, acompanhou por quatrocentos dias, em situações similares, os pequenos: Bayarjagal (Mongólia), Hattie (Estados Unidos), Mari (Japão) e Ponijao (Namíbia). 
Pensar na vida diferente das crianças, é pensar nas relações que elas terão com o conhecimento institucionalizado (escolar). Apesar de, o autor ter escolhido crianças de diferentes continentes para demonstrar essa realidade (num ato extremo) também nas escolas recebemos jovens com diferentes realidades socioeconômicas e de aprendizagens.
 O pesquisador, Boaventura de Sousa Santos (2010), defende que somente teremos justiça social quando a ecologia de saberes for reconhecida. Ao contrário disso, os currículos escolares sugerem (grosso modo) a universalidade, um aluno "básico". A forma de enfrentarmos a situação das diferenças, diante do desafio de ensinar o mesmo a todos os estudantes com diferentes vivências, é através da construção de uma didática que contemple os níveis diferenciados. 
Ex:
Os estudantes aprendem também nas relações grupais em sala de aula, desde que, não se criem guetos entre os que sabem e os que não sabem. Daí a importância de trabalhos em grupos organizados pelo professor, afim de que uns possam ser beneficiados com a caminhada dos outros e para que a "solidariedade intelectual" seja praticada. 
Alguns dados são importantes para compreendermos o quanto podem ser diferentes (do ponto de vista dos ritmos de aprendizagens) os estudantes que hoje atendemos no IFRS: 

REFERENTE AO PROCESSO SELETIVO DE INGRESSO DOS ALUNOS NO IFRS:

"As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio". (Fonte:MEC)
 (Salário mínimo atual: R$788,00) 
"Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)". (Fonte: MEC)
 Rio Grande do Sul: (em média) 17% 

"O critério da raça será autodeclaratório, como ocorre no censo demográfico e em toda política de afirmação no Brasil. Já a renda familiar per capita terá de ser comprovada por documentação, com regras estabelecidas pela instituição e recomendação de documentos mínimos pelo MEC". 
No entanto, o MEC incentiva que universidades e institutos federais localizados em estados com grande concentração de indígenas adotem critérios adicionais específicos para esses povos, dentro do critério da raça, no âmbito da autonomia das instituições. Para garantir a permanência dos cotistas a política de assistência estudantil foi reforçada. O MEC está articulando com os reitores a política de acolhimento dos alunos cotistas, que também gira em torno da política de tutoria e nivelamento. 
A Lei determinou um mínimo de 12,5%, incentiva o aumento disso, porém, deixa a critério das instituições". (Idem)
O IFRS trabalha (atualmente) com esse percentual mínimo.

"Inclusão de estudantes com deficiência: Enquanto o artigo 5º, § 2º, da Lei nº 8.112/1990 estipula o percentual máximo de vagas que deve ser destinado aos candidatos portadores de deficiência, fixando-o em 20% (vinte por cento), o artigo 37 do Decreto nº 3.298/1999 estipula o percentual mínimo, fixando-o em 5% (cinco por cento)". (site/ MEC)
O IFRS trabalha (atualmente) com o percentual mínimo.

Dentro do câmpus Osório algumas ações estão sendo feitas para dar aos estudantes mais oportunidades formativas, citam-se:

Estudos orientados (tira-dúvidas)
Trabalho de orientação e supervisão escolar 
Assistência Estudantil (bolsas permanência na escola) 
Passando a limpo (retomada de estudos dos anos anteriores): Química (2ª feira)- Física- (terça-feira) Língua Portuguesa (4ª feira) Matemática (6ª feira) 
Bolsas em Projetos de extensão (podem ter viés inclusivo)
Ações do NAPNE

Obs: 
Novidades no câmpus: 
  •  ficha do pré- conselho (organizada pelas coordenadoras de curso);
  •  gráfico de desempenho por disciplina/turma que será fixado nas salas após a divulgação das notas. 

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