O menino, o velho e o burro/ fábula de Esopo "exercitada" no encontro!
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A reunião deste mês teve como temática os conselhos de classe: conceito, origem e modificações desses colegiados pós-ditadura militar. Seguem excertos das lâminas socializadas no grupo:
Tipos de comentários que banalizam as avaliações no conselho:
'na minha disciplina ele não faz nada'
'é um mimado'
'está sempre com cara de sono'
'ele acha que sabe mais do que eu'
'está sempre com o cabelo na cara'
'não fecha a boca'
Considerações que cumprem com o propósito do conselho desejável:
'tem dificuldades em sistematizar, porém, sabe explicar o conteúdo'
'tem dificuldades em organizar o material, porém, participa das aulas'
'tem atitudes tempestivas e próprias da idade, porém, isso não interfere na aprendizagem'
Impedimentos para um bom conselho:
- Ideia de que é dispendioso (pro forma)
- Participação desorganizada do conselho, sem os conceitos e notas (específicos da aprendizagem) à priori das discussões.
-Acordos intelectuais entre áreas em detrimento da complementaridade curricular.
- Entendimento equivocado de que todos os estudantes tenham que ter o mesmo desempenho e em todas as disciplinas.
- Interrupção das observações específicas de uma disciplina para valoração comparativa e negativa das aprendizagens.
- Foco na indisciplina e reprovação trimestral.
Condições favoráveis ao conselho:
- Manuseio de dossiê das ocorrências com os estudantes (afastamentos por luto, doenças etc) e com a turma (troca de professores, bulling etc).
- Entendimento do conselho como um feedback também da didática utilizada pelo professor em sala de aula.
- Representatividade da turma (via professor conselheiro) efetiva, sem melindres.
- Procedimento de organização similar, anterior a reunião, sem margens para influência negativa sobre o parecer de um colega.
- Postura docente propositiva para a solução de aprendizagens dentro da sala de aula e não delegando para outras instâncias, rotulando ou psicologizando todas as situações.
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A Profa. Elisa Daminelli está em Natal (RN) para participar do III Seminário Internacional de Diálogos com Paulo Freire. Segue o trabalho que será apresentado por ela em parceria com a Profa. Fernanda M. de Albuquerque do Colégio Militar- POA.
AS NARRATIVAS E AS RODAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Este texto relata uma experiência de formação docente realizada no curso de Pós –
Graduação em Educação Básica Profissional, no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). O
curso atende professores do Instituto Federal e das redes estadual e municipal do litoral norte
gaúcho. O objetivo da proposta foi promover a formação continuada de docentes através do diálogo
em Rodas de Formação e de escrita de histórias sobre experiências docentes. As Rodas de Formação
são espaços de partilha de experiências e se constituem como uma ferramenta para a formação
docente. As histórias são propostas de escritas individuais, sobre vivências e experiências docentes,
que contribuem com a reflexão sobre a prática profissional. A proposta consistiu em encontros
semanais durante um semestre, nos quais os alunos faziam a leitura de textos relacionados à
formação docente. Os textos eram discutidos em aula e os alunos eram desafiados a escrever uma
história contando suas experiências em educação. No encontro seguinte, as histórias eram
compartilhadas com o grupo para incentivar a partilha de experiências, a percepção da limitação
teórica da discussão e a busca de novas leituras. Ao longo das aulas se observou que os alunos com
pouca ou nenhuma experiência docente quase não participaram das atividades e não manifestavam
suas opiniões nas discussões. Os alunos com mais experiência docente monopolizavam as
discussões e relataram no final do semestre que a proposta da disciplina foi interessante e que
poderia ser melhorada. Através da escrita de histórias percebeu-se a dificuldade dos alunos em se
visualizarem como professores, e como tal, como seres que têm e produzem conhecimento. A escuta
foi pouco exercitada nas Rodas de Formação, mostrando que a aprendizagem construída por meio
da troca de experiência entre colegas de profissão ainda é pouco valorizada pelos alunos do curso.
Alguns:
- A professora Maitê defendeu sua tese nas últimas semanas. Desse modo, o câmpus Osório conta com mais uma doutora.
- A professora Heloísa é a nova coordenadora do curso de Informática do Ensino Médio Integrado.
- O professor Régio está deixando o câmpus, ele passará a atuar na unidade de Restinga.
- Hoje recebemos no câmpus uma nova professora de Física (Luci), ela ocupa a vaga deixada pelo professor Denilso.
- Os certificados da III Jornada de Formação Pedagógica já estão disponíveis na sala do Pedagógico (para aqueles que cumpriram a carga horária de 75% ou mais). Agradecimentos especiais ao Prof. Timóteo pela confecção dos documentos.
- A estudante de ADM: Carolina Salgado é a nova estagiária em Gestão Escolar, ela está exercitando os seus conhecimentos (todas as noites) na sala do pedagógico.
- O Fala docente!, espaço para os professores divulgarem seus trabalhos de conclusão de curso e/ou pesquisas em desenvolvimento está sendo incluído no SIGPROJ. Desse modo, tanto os professores que já apresentaram os seus trabalhos quanto aqueles que ainda irão apresentá-los receberão certificados.
- Com o intuito de evitar a evasão e a repetência escolar nos primeiros anos do Ensino Médio, daremos início (no próximo dia 06 de abril) ao projeto de extensão: Passando a limpo!
Os professores Felipe (Física), Isabel (Língua Portuguesa), Fabíola (Matemática) e Carolina (Química) estarão retomando conteúdos básicos do 8º e do 9º ano do Ensino Fundamental em oficinas semanais. Serão ofertadas 10 vagas por disciplina para estudantes do IFRS e 5 vagas para estudantes de escolas públicas do município.